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O que é pesquisa de clima organizacional?

Se tem algo de que toda empresa necessita, seja qual for o seu segmento ou área de atuação, é de uma cultura corporativa levada a sério. Um dos modos de medir isso é aplicando uma boa pesquisa de clima organizacional.

De fato, não adianta ter uma filosofia de trabalho linda, caso ela não seja capaz de sair do papel e guiar o dia a dia não apenas dos diretores, gestores e líderes em geral, mas também dos colaboradores como um todo, do financeiro até a recepção.

Tudo isso tem se tornado cada vez mais importante, por uma razão muito simples: hoje em dia a compreensão que o mercado tem a respeito dos “valores intangíveis” é algo totalmente revolucionário e disruptivo.

Vivemos uma época em que o maior ativo de uma empresa não está nos seus cofres, ou no banco, ou mesmo no maquinário. Os funcionários e o “capital humano” é que trazem as inovações e tornam um negócio realmente próspero.

Por isso, foi-se o tempo em que as marcas tratavam os funcionários de maneira genérica e “massificada”, como se não fizesse diferença contratar este ou aquele. Assim como os gestores já não podem exercer sua liderança sem carisma e exemplo prático.

Isso traz dois movimentos essenciais. O primeiro é o da cultura corporativa enquanto elemento que cria a rotina de trabalho, que hoje promove cenários onde os trabalhadores se sintam cada vez mais à vontade.

Neste sentido, são conhecidas as iniciativas de criar ambientes lúdicos como salas de jogos e de descanso, bem como de confraternizar as equipes fora da empresa, como por meio de gincanas. Noutros casos, há mães que levam seus filhos para o trabalho, etc.

O outro movimento disruptivo, também diretamente ligado à cultura organizacional, diz respeito aos planos de carreiras e bonificações. Atualmente, uma empresa jamais conseguiria captar e reter os melhores talentos se não levasse isso em conta.

Algumas corporações chegam a falar em PLR, que nada mais é do que Participação nos Lucros e Resultados, como algo disseminado entre todos os funcionários. Mais ou menos como uma comissão, mas que vai muito além de remunerar apenas os vendedores.

Tudo isso se relaciona, de um modo ou de outro, com as pesquisas de clima organizacional. São elas e seus recursos que garantem à empresa fazer a manutenção de sua própria filosofia de trabalho, mensurando o sucesso que está (ou não) obtendo.

Se você quer compreender a fundo como esse modo de ouvir seus colaboradores pode fortalecer sua marca no médio e longo prazo, basta seguir adiante na leitura.

O que exatamente são essas pesquisas?

Como vimos, trata-se de algo bastante evidente (porém, que quase sempre deixamos passar batido, caso não nos atentemos a este ponto): ouvir os funcionários para saber como está o dia a dia deles e dos demais colaboradores da empresa.

Imaginemos, por exemplo, uma empresa de facilities. Ela tem muitos funcionários em seu escritório, mas também tem uma porção significativa de colaboradores trabalhando em campo, alguns dos quais ficam mais no cliente do que na central.

É o caso de profissionais da área de segurança, recepção e limpeza. Muitas vezes eles batem cartão diretamente na empresa do cliente ou parceiro, e nem retornam para a corporação contratante na qual são registrados.

Seria muito fácil perder o controle desse tipo de operação, não é mesmo? Sobre a excelência do serviço e as filosofias de trabalho, nem se fala. Mas não pense que apenas as empresas de terceirização lidam com esses desafios, isso é comum a todas.

Outro ponto fundamental é compreender que não se trata apenas de questões abstratas ou secundárias. No fundo, as metas da empresa estão diretamente ligadas aos seus valores e à missão, o que afeta até mesmo os resultados financeiros e mais práticos.

Por isso, a pesquisa de clima organizacional tem de ser uma ferramenta bastante flexível, que inclusive tenha a capacidade de trazer à tona não apenas os aspectos positivos, mas também os elementos negativos que eventualmente estejam ocorrendo.

Como dito, sem compreender a eficiência da liderança e a motivação das equipes, não é possível ter certeza sobre o próprio futuro financeiro e a sustentabilidade do negócio, no que também entram a rentabilidade e a lucratividade.

Sobre climas positivos e climas negativos

Além de duvidar do fato de que o clima organizacional está diretamente ligado a resultados práticos e até à lucratividade, outro erro muito comum está em pensar que esse tipo de coisa se limite apenas ao RH (Recursos Humanos) e ao DP (Departamento Pessoal).

Na verdade, todo gestor precisa ter conhecimentos sobre esse recurso, e até mesmo ser capaz de aplicá-lo em maior ou menor grau. Na área de empresas de usinagem, por exemplo, não são poucos os setores envolvidos na rotina de trabalho.

Cada um deles conta com sua gestão própria, com sua liderança específica. Também assim, um funcionário subordinado nunca vai participar das reuniões estratégicas, pois elas envolvem apenas os líderes, que se tornam a única ponte entre as partes.

Há dois pontos centrais aqui, que servem de régua para qualquer clima ou pesquisa. O primeiro é o da motivação, que diz respeito à produtividade de cada membro de uma equipe; o segundo é o da colaboração, que remete ao conjunto dos esforços.

Isso levanta uma questão fundamental e muito prática: como reconhecer o clima positivo e negativo? Quer dizer, existem traços universais que vão se apresentar sempre, independentemente do segmento ou do tamanho da empresa?

A resposta é sim, existem aspectos universais, seja num escritório de contabilidade em São Paulo ou numa grande indústria. Fatores como satisfação, interesse, animação e proatividade vão aparecer sempre que o ambiente for positivo.

Já no ambiente negativo, é possível encontrar traços que vão desde insatisfação, desânimo e desinteresse, até quadros mais graves como estados de depressão, de inconformidade ou mesmo de agressividade, o que infelizmente não é tão raro de ver.

Como realizar uma pesquisa na prática?

É muito importante salientar que as pesquisas organizacionais não substituem, de modo algum, as reuniões corporativas, seja entre líderes ou deles para com os funcionários. Do mesmo modo, ela não dispensa a realização do bom e velho bate-papo individual.

Aliás, o que faz um bom líder é sua capacidade de engajar as pessoas presencialmente. Se o time atua na área de segurança do trabalho e saúde ocupacional, não teria cabimento o líder não se posicionar de modo humanizado, no tête-à-tête, não é mesmo?

Feita essa ressalva, é preciso dizer que hoje as pesquisas podem ocorrer de modo bastante automatizado, com um reforço incrível dado pela tecnologia e pela internet. Ademais, mesmo que não seja uma exclusividade do RH, ela sempre vai depender dele.

Ou seja, mesmo que o líder de outros setores vá realizar a pesquisa para mensurar seu próprio desempenho, quem vai desenhar a proposta é o pessoal dos Recursos Humanos, incluindo questões como:

  • Você sente apoio quando dá o melhor de si?
  • Sua opinião costuma ser levada em conta?
  • Você tem as ferramentas e materiais necessários?
  • Há uma conexão pessoal entre você e a liderança?
  • Você compreende as expectativas em relação ao seu trabalho?
  • Há alguém com quem você não se entende?
  • Como descreveria sua última semana de trabalho?

Se o setor é um pouco mais técnico, como assessoria aduaneira, o questionário pode incluir questões mais específicas, já que isso também influencia na motivação pessoal. Contudo, o foco sempre vai ser sobre o clima e aspectos psicológicos.

Deste modo, a pesquisa se torna um caminho seguro para aumentar a transparência entre as partes, bem como para ajustar as expectativas e definir melhor qual a missão da empresa, e como isso toca a vida pessoal de cada colaborador.

Por dentro das vantagens e benefícios

Até aqui, certamente já deu para compreender quais são os benefícios de praticar uma boa pesquisa de clima organizacional. Mas ainda é possível racionalizar isso.

Para setores manufatureiros, a produtividade pode aumentar incrivelmente, e mesmo para empresas que lidam com algo como automação residencial projetos, que não dependem tanto de linhas de produção.

Outra vantagem que quase nunca é levada em conta é a da competitividade e força da marca. Pode parecer que não, mas os funcionários também fazem juízos sobre as empresas, e elas podem se queimar no mercado caso não tenham um bom clima.

Outro benefício está na captação e retenção de talentos, que evita um turnover negativo. Como uma empresa da área de medicina do trabalho, que ao ter um rodízio pequeno de funcionários pode provar que sua cultura organizacional funciona.

Com isso, fica claro que as pesquisas de clima organizacional vão muito além do convívio diário entre as pessoas, impactando também no crescimento da empresa.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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